Battisti, um a maisCesare Battisti vai ficar aqui. O presidente Lula encheu a boca e disse que a decisão soberana do Brasil não merece contestação da Itália. Quem disse que foi a vontade do Brasil? Já dizia o italiano Del Vecchio: ‘‘O Estado não tem vontade própria e sim a de seus governantes’’. É a pura verdade. O Brasil não coaduna com terrorista e assassino. Os governantes são outros quinhentos. Façam um plebiscito e vejam a vontade, realmente, brasileira de um povo mestiço que é o maior patrimônio dessa nação, já dizia Cascudo. Afirma Tarso Genro que Battisti vai voltar a ser escritor e irá contribuir para o Brasil com seus ensinamentos e relatos. Fernandinho Beira-Mar deverá ficar encantado com o que será publicado e certamente haverá um enorme aprendizado também para a galera do PCC.
O que nós, como sociedade precisamos entender, é que todo o aparato judicial criminal está falido. Desde simples jornadas de trabalhos dos policiais às delegacias de plantão que funcionam em regime emergencial aos finais de semana, inversamente proporcional ao pico das grandes concentrações de delitos, a impunidade e a banalização do crime, fazem parte desse contexto. Um cabeleireiro foi morto na zona norte por cobrar o corte de cabelo de R$ 4,00 (Quatro reais). Isto mesmo, R$ 4,00 (quatro reais). Virou zona. O Rio Grande do Norte teve em 2008 o número de 600 (seiscentos) mortos por assassinatos. Não estamos falando de acidentes ou doenças crônicas. Seiscentas pessoas morreram assassinadas e se pergunta - quantos desses assassinatos irão ao Tribunal do Júri? Segundo as estatísticas, menos de 10 (dez) por cento, ou seja, 60 (sessenta) crimes serão julgados e desses quantos ficarão realmente presos? Ninguém sabe. É bronca. Um dia desses, um estrangeiro investidor veio morar aqui em Natal e fez negócios com um sócio natalense de grande prestigio empresarial. Em 2004 esse estrangeiro envolveu-se no assassinato desse empresário e após 04 (quatro) de cadeia foi solto. Você acha que diante desses exemplos de Justiça a criminalidade vai melhorar? Duvido. Não existe ninguém burro. Todo mundo tem, pelo menos, inteligência mediana e se influencia no dia-a-dia da mídia, que mostra a impunidade crescente de um aluno de menor idade que mata seu professor e fica por isso mesmo.
Voltando ao caso do escritor italiano Battisti, de vida pregressa de terrorista e condenado na Itália a prisão perpetua, será mais um estrangeiro que irá curtir nossas praias, carnaval e futebol como Ronald Billings - aquele do trem pagador inglês. É muito difícil mudar, se a sociedade ficar apenas perplexa e engolir de goela abaixo os atos dos governantes. No futuro esse ato de Tarso Genro será de custo altíssimo para todos. Salvem-se quem puder e reze muito pedindo proteção divina. Já diziam os evangélicos - Cristo: a única Esperança.
de=AUGUSTO MARANHÃO
ESPECIAL PARA O JORNAL DIÁRIO DE NATAL
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