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28/12/2008

BELÉM = A PRÁTICA DO LINCHAMENTO

Linchamento vira prática comum nas periferias

A prática criminosa se tornou comum devido à ausência da polícia em zonas onde imperam a pobreza e a violência. Uma pesquisa que está sendo realizada pela mestranda em Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA), Bruna Menezes, revela que o município de Marituba e o bairro do Paar, na cidade de Ananindeua, estão na lista das localidades que registram o maior número de ocorrências deste tipo de crime. Caracterizado como violência urbana, o linchamento possui requintes de crueldade em que prevalece a lei do 'olho por olho, dente por dente'.
De acordo com Bruna Menezes, o principal motivo para os linchamentos é que o cidadão comum não acredita que a justiça vai ser feita em tempo hábil. Por esse motivo, a prática é uma forma de punir o 'criminoso' imediatamente. O problema é que a população não entende o linchamento como um crime, mas como uma resposta à falta de segurança pública do Estado.
Existem dois tipos de linchamento: o anônimo e o comunitário. O comunitário é quando a vítima de determinado crime foi alguém querido. E, com isso, a população se sensibiliza com a situação e agride o criminoso. Já o anônimo é quando a vítima é alguém que o agressor não conhece, mas, mesmo assim, se envolve na prática por impulso. 'Quando se fala em linchamento, ninguém quer se incriminar. Quando questionados sobre a situação, as pessoas nunca participaram da agressão ou não conhecem alguém que tenha participado deste tipo de ação', diz Bruna Menezes.
Para a pesquisadora, a divulgação dos casos de linchamento é algo positivo, pois mostram que esse tipo de atitude, que muitas vezes parece algo primitivo, faz parte do cotidiano de muita gente. 'As matérias denunciam a carência de eficácia do Estado', ressalta Bruna Menezes.
A justiça, segundo Bruna Menezes, é um papel do estado democrático de direto, não dos cidadãos comuns. E, apesar da carência de policiamento em alguns lugares, uma prática com requintes de crueldade não deve ser aplaudida. O linchamento se torna um problema ainda maior quando agridem determinada pessoa sem ao menos ter provas de que ela, de fato, cometeu um crime.
(Liberal dig)

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