Realidade que incomoda
Reclamar da presença de meninos de rua atrás da Basílica Santuário de Nazaré é fácil. Difícil é haver alguém disposto a solucionar o problema. A sujeira, as petições insistentes e os atos libidinosos praticados por eles no meio da rua irritam os moradores que, no máximo, se propõem a matar a fome de alguns por um dia, de forma paliativa. A obra social da Basílica chegou a abranger os cerca de 30 rapazes e moças que dormem nas calçadas, mas a burocracia e desentendimentos com o Governo Estadual interromperam o trabalho há cerca de cinco anos.
O muro de fundo da Basílica e a calçada em frente à lanchonete McDonalds formam um ponto tradicional da presença de meninos de rua, que sobrevivem às custas da solidariedade pontual de transeuntes e motoristas que passam pela travessa 14 de Março, entre as avenidas Gentil Bittencourt e Nazaré. O trecho passou a ser habitado de forma fixa por meninos de rua há pelo menos dez anos, de acordo com moradores.
'Antes, eles se instalavam por aqui apenas na época do Círio, mas este ano resolveram fazer morada e hoje me vejo uma cidadã vivendo sem paz. Estou com medo', relata a moradora Andressa Macêdo e Silva. Ela diz já ter entrado em contato com várias secretarias municipais por telefone, sem solução. 'Ao guardar meu carro no estacionamento próximo à minha casa, e ter que passar na frente desses meninos, fui verbalmente ameaçada quando um deles me pediu dinheiro e disse que ia acabar me tomando à força quando fosse assaltada', conta.
Outra moradora, que não quis se identificar, diz conhecer todos os rapazes e moças que moram no trecho. Segundo ela, nenhum deles é assaltante, mas eles costumam pedir e insistir de forma ameaçadora, para coagir o pedestre. 'Eles só são agressivos quando se sentem invadidos. Os assaltos que ocorrem por aqui são praticados por pessoas de outras áreas, principalmente da (travessa) Pariquis', conta a moradora, com a experiência de 60 anos de vida e de observação da movimentação. O que mais a incomoda é vê-los fazendo sexo no meio da rua, usando drogas e sujando as calçadas com imundícies, sem poder fazer nada para evitar isto. Mesmo assim, a dona de casa alimenta-os com sopa sempre que pode. 'Não nego nada; só não dou dinheiro', afirma.
A calçada em frente à casa de um aposentado que também preferiu o anonimato é um dos pontos de encontro preferidos dos moradores de rua, principalmente durante as madrugadas, período em que costumam ficar acordados. Lá, o morador já os flagrou fazendo sexo sem pudores. No mesmo local, eles também se reunem para comer, deixando um rastro de sujeira. 'Já cheguei a pegar uma vassoura e enxotar todos eles. Tenho que fazer isso sempre que uma das minhas duas filhas estão entrando ou saindo de casa, para preservar nossa segurança', diz.
(Amazônia)
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04/01/2009
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